sexta-feira, 27 de abril de 2007

Portugal sem fogos depende de quase todos... e o resto?

Está para muito breve a apresentação do DECIF (queira ler-se Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais ou se preferirem a mão de obra mais barata do país).
No entanto, não é para falar sobre recompensas monetárias que lancei este post, até porque honestamente acredito que não é essa a motivação que leva os milhares de Homens a honrarem com a sua participação os Bombeiros de Portugal...
Escrevo este post para homenagear todos os Bombeiros, que todos os dias do ano exercem a sua missão da forma mais profissional que são capazes. Todos os dias prestam socorro às populações em casos de incêndios, inundações, desabamentos, acidentes e incidentes, prevenções e aflições, todos os dias socorrem e transportam doentes e sinistrados, todos os dias entram na vida dos portugueses pela porta principal...
Fico indignada ao constatar que estes mesmos Bombeiros só são lembrados nos tempos que se avizinham, sendo usados pelos políticos como tranquilizantes para que os eleitores vivam na ilusão que o país está preparado para a protecção e combate aos incêndios, deixando tudo o resto para plano secundário.
Será que o país não devia conhecer melhor a realidade dos Bombeiros e não se restrigir apenas a esta apresentação/suposta preparação para os "fogos"?
O que será que os Bombeiros podem (e devem) fazer para reverter esta situação?

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Nobelprize in Medicine 2007 goes to Portuguese Scientists

Story Highlights
TORREDEITA, Viseu, Portugal (near Morrocco, west of Salamanca)
Portuguese scientist Professor Correia di Campos and Engineer Mr. S. have won the 2007 Nobel prize for medicine for discovering a new revolutionary Orthopaedic method, that may save millions of lives all over the planet, especially in war torn regions with high amputation and Trauma rates like Baghdad, Mogadisciu and Kandahar.
They carried out experiments on patients with multiple fractures, admitted in the world famous Hospital of Kurry Kabral, in Lisbon.
Mr Correia di Campos invented a technique that permits ultra-rapid trauma intervention "on the hour", and was quoted saying in a Global Radio Station (TSF) :
O ministro assegurou à TSF que não pretende encerrar a urgência do hospital Curry Cabral, nomeadamente porque dispõe de uma valência peculiar, a "ortopedia a quente", que permite fazer a "intervenção logo na hora", em vez de o doente ter de deixar "arrefecer" a fractura e regressar "uma semana" depois.
Translated to Oxford English he proposed "Hot Orthopaedic Techniques", instead of the traditional "Freeze and Cool Down the fractured limb and don’t disturb the Anaesthetist at night because he gets really really angry" technique.
In strict cooperation with the Engineer Mr. S. (who prefers to maintain silence about the new method, and is considered to be a shy person) they invented a "Microwave" Trauma Room. Patients are submitted to 10 minutes heating procedures at 600 W, permitting therefore an immediate fusioning of the fractured limbs. Mr Correia di Campus said he got the idea at the LISNAVE University, where they use this technique to convert Psychiatry Patients which still believe Karl Marx exists and vote Communist, into devoted Catholics. " If it works in brains, why not on bones?" he was quoted saying in a secret scientists meeting with some close family members who belong to the "Left Bloc Party" in Portugal, and still think Jesus Christ is Socialist.
Questioned about eventual side effects he remarked, that there are even more benefits in this "Boil the Guy" technique:
1) The patients do not suffer infections, since this new revolutionary technique kills most of the typical Bacteria and Parasites, often found in Emergency Departments, especially is rural Permanent Attendance Services (Sap’s).
2) Most of the patients don’t get Pneumonia at the Hospital ward, because they get a special ambulatory treatment home and transportation in beautifully designed Black Limousines.
3) It helps reducing costs with Anaesthesiologists who are "the shame of the nation" , as he was heard commenting in a Bathroom with his close friend Luiz Cunha R., one of the most famous Emergency Physicians, also proposed for the Nobel prize for his research on the sexual life of haemoglobin molecules.
4) Young Portuguese patients may start working immediately after this procedure in the strawberry picking in Spain, instead of staying for weeks at home, drinking beers and watching Soccer games, beating their girl friends and robbing banks via mobile phone in Florida.
This Trauma Room Microwave designed by the very humble and shy engineer Mr. S. who is trained and professionally engaged in a branch of engineering. ( Engineers use creativity, technology, and scientific knowledge to solve practical problems. People who work as engineers normally have an academic degree (or equivalent work experience) in one of the engineering disciplines...) is being already used in Baghdad.
The US-Military installed this new device in Bradley Tanks, often hit by very nasty Rocket Propelled Grenades. "Now we may fusion broken limbs still in the burning tank and my men go on fighting against the axis of evil and bad Muslims" George Bush said, proposing Mr. S. and Correia di Campos the Medal of Honour.
CNN contacted these humble and sensible man from Portugal who said:
“I am sad, that we did not have this profound knowledge in 1755, after the Earthquake in Lisbon. Its a real tragedy. I was born 250 years to late, and it does depress me profoundly...My life has no sense... I even asked to retire near Macedo de Cavaleiros, and the government will certainly agree, conceiving me the gift of maintaining some research activity at the local Emergency Department and the future Helicopter Emergency Services.”
The Medicine prize is traditionally awarded on a Thursday, though the actual date is only announced 48 hours in advance.
CNN's Paul Mendo, Little Mendes , R. Bestos and The Taliban contributed to this report.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

O maior ataque de sempre à Emergência Pré-Hospitalar

Ao longo dos anos o socorro pré-hospitalar sempre foi entendido como o parente pobre da saúde, existindo um completo desinteresse e mesmo repúdio por parte de diversas classes de profissionais de saúde, principalmente a enfermagem.
Durante mais de 30 anos aqueles que, pertencentes na sua maioria a corpos de bombeiros e à cruz vermelha, trabalharam arduamente para que esta àrea tivesse um desenvolvimento e o reconhecimento merecido em benefício da vida humana, vêem-se agora remetidos para um papel secundário, sendo tratados como ignorantes e incompetentes. Á custa do trabalho destes nobres Homens, a emergência médica que até aqui não interessava aos senhores doutores e enfermeiros (agora doutores também), transformou-se num trabalho interessante e em alguns casos muito bem remunerado, mas principalmente revelou-se como uma excelente fonte de protagonismo.
Á conta deste interesse súbito verifica-se agora um movimento lobista junto do INEM e Ministério da Saúde, numa tentativa clara de justificar um novo emprego para aqueles que, agora doutores, querem andar montados em bons carros a fazer ti-nó-ni em perfeitos ralis.
O que não se diz é a verdade. O que não se diz é que em Portugal salvar vidas é ILEGAL, uma vez que todos estes novos actores da emergência pré-hospitalar, de forma a justificar a sua presença afirmam o poder legal dos actos praticados neste contexto. Assim, com base em algo que ninguém consegue compreender, o tal acto, que somente serviria para salvar a vida de alguém, não pode ser realizado por aquele desconhecido que é o Zé Bombeiro. Esta personagem representa todos aqueles indivíduos que sem olharem a estas questões, e muitas vezes colocando as suas vidas em risco, aparecem ao lado do doente, acidentado, cidadão anónimo, esteja sol, chuva ou frio, seja Verão ou Inverno, natal ou passagem do ano, prestando naquele momento a ajuda necessária.
Este Zé Bombeiro pode até estar limitado na sua acção, mas não se coíbe de ir a qualquer local fazer aquilo que o deixam, mesmo a sítios que não oferecem a protecção, a privacidade ou mesmo a higiene existente no consultório ou no hospital a que o Sr. Dr. Enfermeiro está acostumado e enraizado. Mas é ali naquele local, possivelmente no meio da montanha ou no curral, que está aquele doente, aquela vítima, agora também vítima de um sistema que somente se alimenta do mediatismo e do protagonismo mas que quando na realidade é necessário não funciona. Sobra assim para aquele, tantas vezes apelidado de incompetente e burro (sem ofensa para este animal), pois, apesar de tudo o que têm dito, é a única ajuda que aquele cidadão anónimo obtém.
Esta verdade escondida pelos nossos governantes e responsáveis é que têm garantido ao Portugal desconhecido, que é composto por homens e mulheres que têm tanto direito como aqueles que habitam as esferas do poder, ao socorro quando realmente dele precisam.
O que não é dito, hoje, é que à conta de um pseudo Ministério da Saúde, estrutura economicista por um lado e estrutura mega despesista por outro, que por sua vez possui um instituto que deveria desenvolver a emergência médica e fracassa nesta sua única missão. À conta das loucuras megalómanas dos seus dirigentes temos assistido ao caminhar para um socorro cada vez mais assimétrico que somente está acessível a quem estes ditatorialmente determinam, demonstrando assim um desconhecimento claro da realidade deste país, composto por pessoas que somente querem ser tratadas como seres humanos que o são, mas que na prática quando longe dos mediáticos centros urbanos são considerados seres de 2ª categoria.
Um sistema que classifica pessoas como animais, como podemos ver nas tradicionais feiras de gado onde os números de cabeças determinam o poder do agricultor, assim é a realidade da saúde do nosso país, em que uma determinada localidade será atendida de forma diferenciada consoante o número de cabeças que lá habitem.
Pessoas que apesar de se manifestarem não são ouvidas, pois as decisões destes governantes mentecaptos são baseadas em valores e números , vivendo assim autisticamente na sua própria realidade , com acessos a tudo e esquecendo por completo o país real.
Por tudo o que se observa neste sector podemos afirmar que já descemos ao nível mais negligente que esta sociedade pode alcançar, verificando por parte destes (ir)responsáveis justificações fundamentadas em verdades desconhecidas, para não dizer claramente mentiras, enganando de uma forma impávida e serena um povo que ainda peca por ser leigo no conhecimento dos seus direitos.
E assim, estes senhores, agora detentores de todas as verdades vêm delapidando o socorro em Portugal, agindo impunemente sem que o cidadão desconhecido se aperceba que realmente deixou de ter acesso a um socorro que até aqui funcionou e que somente precisava de ser melhorado.
Hoje podemos verificar o que eu já tenho denominado por vergonha nacional, sinónimo que somos piores que um país de terceiro mundo, na medida em que estes nalguns casos conseguem fazer mais e melhor pelo seu povo do que na realidade Portuguesa.
Podemos observar a clara falta de aposta na área da emergência pré-hospitalar, através de uma formação feita à pressão para não dizer de injecção, de qualidade duvidosa e muito dispendiosa, conforme afirma um alto funcionário do governo deste país. E ainda vai mais longe ao associar o que na maioria dos países do mundo é considerado um investimento a um factor despesista, roçando ao ridículo as suas comparações entre o valor pago por hora de um formador ao de um professor universitário. Na realidade demonstra que desconhece o que é formar, como também se já ocupou algum poiso de professor universitário o seu vencimento devia ser compatível com as suas parcas competências, clarificadas quer pelas suas atitudes e afirmações como pela forma como tem vindo a (des)organizar a emergência médica.
Infelizmente o que não se sabe é porque é que a maioria dos agentes que prestam socorro tem de sobreviver à custa de migalhas financeiras, muitas vezes obtidas através dos donativos daquele é o principal interessado em ter um socorro de qualidade, que é o cidadão deste país. Este ao ver-se confrontado com o facto de lhe ter sido vedado este direito vê-se obrigado a apoiar e a sustentar duplamente esta actividade, uma vez que se assiste à desresponsabilização dos (ir)responsáveis pelos organismos públicos que utilizam o dinheiro dos contribuintes de uma forma inconsciente, apostando em megalomanias que se assemelham a um sistema esquizofrénico que apenas satisfaz as suas próprias realidades.
Assim, vamos impotentemente assistindo a cada dia que passa ao cataclismo que está a atingir a emergência médica. Actos que somente podem ser classificados de grotescos, sustentados num conjunto de mentiras, mas que à custa da poupança de uns euros, todos os nossos (des)governantes e (ir)responsáveis aplaudem, pactuando conscientemente com aquilo que somente pode ser classificado de uma atitude autista sinónimo de um estado doentio.
E AGORA? Quem socorre o cidadão anónimo? Aquele alguém que por um azar da vida precisa que alguém o socorra, ou que pelo menos alguém que o ouça e o ajude nos seus desabafos sobre uma vida sofrida. Cidadão que, convencido de que do outro lado da linha telefónica, quando marcou 112, ia ter uma voz confortante e orientadora, afinal é atendido por alguém arrogante e mal formado que o manda desenrascar-se. Voz essa que protegida por um sistema autista, escudado em publicidade enganosa, se esqueceu que aquele que acabou de ser humilhado e enxovalhado nos seus direitos apenas precisava de algum apoio, alguma orientação para que saísse daquela situação complicada da melhor forma possível.
Este cidadão, que alimentou durante uma vida este monstro denominado por Estado, que unicamente pretendia que naquele fatídico momento lhe mandassem alguém, nem que fosse para sentir algum apoio no infortúnio da vida, vê agora com frustração que o tal Estado dar-lhe o ultimo empurrão que este precisava para legitimar que em nada já justifica a sua presença neste mundo.
No entanto, este cidadão ainda tem a garantia que o seu corpo inerte, será resgatado por aqueles que, foram simplesmente ignorados ainda que disponíveis para o ajudar, ficando com a última e derradeira tarefa de dar dignidade a alguém que viu simplesmente recusada uma simples ajuda.
Este cidadão anónimo posso ser eu ou aquele que neste momento ainda tem alguma paciência para ler este texto, mas francamente espero que este cidadão seja um dos (ir)responsáveis pertencentes actualmente ao tal Estado, um dos tais (ir)responsáveis do tal instituto, que definiu de uma forma autista as suas próprias regras e impôs as suas vontades a um sistema que afinal funcionava, e que aqueles que o criaram, desenvolveram e o têm sustentado somente pedem são melhores condições para prestar a tal ajuda que todos os cidadãos Portugueses têm direito.
Hoje ao fim de mais de 20 anos, dedicados aos Bombeiros Portugueses, e principalmente a esta área tão nobre que é a emergência médica, é com tristeza que vejo, não um recuo, mas sim a destruição daquilo que custou tanto suor e sangue de muitos milhares de Portugueses: Um sistema de socorro em que o princípio da igualdade, da subsidiariedade e principalmente da dignidade humana estavam garantidos, que tinha problemas devido à inércia dos diversos governantes e ao facto dos mesmos certamente sofrerem de otites crónicas.
Por ultimo pergunto: Até quando iremos assistir impávidos e serenos à venda dos valores que estiveram subjacentes ao nascimento desta nação tão nobre?
Julgo que a continuar, mais vale voltarmos ao passado e dar uns açoites ao Afonso Henriques.
Como já o General Romano dizia: “…naquela Lusitânia existe um povo que não se governa nem se deixa governar…”